Os bens da quadrilha que furtou R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005, e que depois tentou roubar o Banrisul de Porto Alegre, em setembro de 2006, vão a leilão. A determinação foi dada pelo juiz Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara da Justiça Federal.
A data do leilão ainda não foi marcada. O pedido foi encaminhado pela superintendência do Banco Central (BC), em Brasília. Para justificar a venda, o BC afirma que essa é uma maneira de "destruir as fontes de recursos das organizações criminosas. Além de demonstrar à sociedade que a prática delitiva não pode, sob quaisquer circunstâncias, consubstanciar em atividade rentável".
Na tentativa de lavar o dinheiro furtado do BC, os bandidos compraram bens móveis e imóveis no Ceará e em outros nove estados. O material apreendido é estimado em R$ 6 milhões. Segundo a PF, o grupo financiou também ações do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo e as tentativas de furto ao Banrisul, em setembro 2006, e à Caixa Econômica em Alagoas – também em 2006.
Entre os bens da quadrilha apreendidos pela Justiça estão imóveis residenciais e comerciais, carros de luxo, fazendas, postos de gasolina, gado, armas, uma banca de revista e um salão de beleza. Do montante levado pela quadrilha, a PF só conseguiu recuperar R$ 30 milhões, sendo R$ 24 milhões em espécie e R$ 6 milhões em bens materiais.