O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que não há nenhuma outra mudança em curso nas propostas do governo para assegurar a aprovação, na próxima terça-feira, da emenda que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Jucá negou que o governo esteja estudando a possibilidade de ampliar as destinações de recursos à Saúde em troca de votos do PMDB.
Segundo o líder, a próxima terça-feira é, para ele, a data-limite para a votação da emenda da CPMF em primeiro turno pelo plenário do Senado. "Temos um prazo para finalizar a votação na terça-feira. Estamos trabalhando para ter os 49 votos necessários, não porque o governo quer ganhar, mas sim porque a CPMF é importante para o Brasil. Para Jucá, se o Senado é uma Casa que atende às vozes das ruas, deve agora atender "àqueles que representam essas vozes."
O senador negou que esteja havendo barganha entre governo e parlamentares com distribuição de cargos e emendas para os senadores votarem a favor da contribuição. "Não se está discutindo questão de cargos e verbas. Não há barganha nem de cargos nem de emendas. O importante é aprovar a CPMF e continuar avançando no modelo tributário".
Apesar de afirmar que não há nenhuma nova proposta, além da redução da alíquota e do fim da retenção de recursos para a Saúde retidos pela Desvinculação de Receitas da União (DRU), Jucá admitiu que o governo está aberto a todo tipo de entendimento. "Estamos tentando sensibilizar os senadores, os partidos políticos, prefeitos e governadores e todos aqueles que têm responsabilidade na área de saúde. Isto não é uma disputa eleitoral. A disputa eleitoral já houve e o presidente Lula ganhou com 60% dos votos. A próxima disputa será daqui a dois anos.