Brasília – O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quarta-feira (31) que a área da saúde deve receber recursos adicionais de R$ 3 bilhões. Ele confirmou que o governo estuda elevar os gastos com o chamado PAC da Saúde para R$ 39 bilhões, em seis anos. Atualmente, a previsão é de R$ 36 bilhões, em quatro anos.
?É um crescimento signficativo de aporte de recursos para a saúde. Isso está sendo fechado na Câmara?, disse Jucá, em entrevista ao chegar ao Ministério da Fazenda para reunião com líderes tucanos, o ministro Guido Mantega e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).
De acordo com o líder, os R$ 3 bilhões a mais são ?parte da equação? que busca aumentar os recursos para a saúde. Segundo ele, no Senado será fechada a outra parte, que é a reforma tributária.
O senador afirmou ainda que, para definir de quanto seria a redução da carga tributária, os parlamentares necessitam de uma proposta do governo para os gastos com a saúde no próximo ano. Ele disse que a tendência que está se configurando é de destinar R$ 4 bilhões para a área em 2008.
Ao chegar ao Ministério da Fazenda para o encontro, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que a oposição tomou conhecimento da proposta do governo pela imprensa. ?Nós viemos aqui ouvir. Eles trabalharam mal esse negócio. Primeiro a imprensa, depois a gente. Não é uma boa hierarquia?, criticou o líder tucano.
Ontem, o governo federal fechou proposta de aplicar R$ 23 bilhões de recursos adicionais na área de saúde nos próximos quatro anos, além da verba orçamentária, em reunião no Palácio do Planalto.
?Estamos bem próximos de um acordo?, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao final da reunião. Segundo ele, o aporte extra integraria o PAC da Saúde e viria do aumento da parcela da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) destinada ao sistema de saúde.