José Serra diz que é vítima de ataques

O candidato José Serra (PSDB) não quis comentar ontem em Curitiba o resultado da pesquisa da Datafolha, onde ele aparece com uma queda de dois pontos percentuais. Serra falou para um grupo de correligionários no Aeroporto Afonso Pena, antes de viajar para Joinville, Chapecó (SC) e Campinas (SP). Pela manhã o candidato esteve em Londrina e Maringá. Serra também preferiu se esquivar das perguntas sobre a possibilidade de as eleições se definirem no primeiro turno. Serra disse que está sendo alvo dos ataques nos programas políticos porque os adversários estão percebendo a ascensão da sua candidatura. No palanque, o presidenciável esteve acompanhado pelo governador Jaime Lerner e do candidato ao governo do Paraná Beto Richa.

Em Maringá, Serra disse que não está atacando, mas “sendo atacado pelos seus adversários”. Em palestra para cerca de 250 pessoas, Serra fez muitas críticas indiretas ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós não estamos atacando. Somos, de longe, a candidatura que mais sofre ataques. São ataques pessoais, familiares e dossiês”, disse Serra. Perguntado como seriam as alianças para um eventual segundo turno, Serra foi evasivo: “Não se preocupe, que nós vamos costurar (alianças)”, afirmou.

O tucano disse, no início da palestra, ao lado do governador do Paraná, Jaime Lerner, que este era o início da reta final de sua campanha e que, daqui para frente, vai fazer muitas visitas a várias cidades no mesmo dia. Serra também falou de suas propostas de geração de emprego e recebeu um documento com reivindicações do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá. O tucano se comprometeu com a principal reivindicação, que é a ampliação do aeroporto internacional da cidade. De acordo com as lideranças locais, o aeroporto é imprescindível para encaminhar as exportações da região.

A presença de Serra em Maringá faz parte de um estilo de corpo a corpo eleitoral que não é novo, mas que ainda terá que ser testado no País. O estilo foi desenvolvido com sucesso pelo ex-presidente americano, Bill Clinton, que fazia minicomícios em aeroportos. Com ele, Serra pretende se fazer presente no maior número de lugares possível antes do primeiro turno e ganhar alguns pontos percentuais que lhe garantam o posto de segundo lugar e presença no segundo turno.

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