José Múcio espera que criação de dossiê seja esclarecida esta semana

O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, espera que a criação de um dossiê com informações de gastos da Presidência da República no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seja esclarecida ainda esta semana.

Ao final de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o ministro disse que gostaria que os responsáveis pelo vazamento das informações assumissem seus atos.

O bom é que essas pessoas que usaram estes números para criar este impasse, este constrangimento entre o governo e a oposição, que é uma coisa tão natural da democracia, se identificassem, dissessem fui eu que fiz, foi alguém que mandou. Seria uma coisa mais limpa, mais honesta, disse o ministro.

Segundo José Múcio, enquanto ninguém toma essa atitude, o governo investigará para descobrir quem montou o dossiê e passou os dados para a imprensa.

Vamos descobrir quem fez este ato de irresponsabilidade, garantiu, assegurando que a criação do dossiê não foi iniciativa do governo.

Não existe dossiê feito pelo governo, nós não temos interesse nisso, seria como dar um tiro no nosso pé, afirmou.

José Múcio negou que o vazamento de informações enfraqueça a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A ministra é forte o tempo todo, disse.

O ministro acha normal que algumas pessoas tentem atingir a ministra-chefe da Casa Civil, porque ela é a pessoa mais emblemática do atual governo por conta do gerenciamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Todos nós, responsáveis do governo e da oposição, devemos zelar para que a CPI busque verdadeiramente o esclarecimento e não se transforme em um palco político, alertou.

Ao comentar as declarações do vice-presidente José Alencar, que nesta terça-feira (1) sugeriu um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro negou que o presidente tenha intenção de mudar a Constituição para poder concorrer a um terceiro mandato.

É o entusiasmo do vice-presidente, que é natural e por conta desse momento. Mas tenho absoluta certeza que o intuito do presidente é terminar o segundo mandato e se afastar, assegurou, destacando que a reforma política é uma demanda da sociedade brasileira.

A reforma foi defendida em discurso no CDES pelo presidente Lula.

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