José Ignácio pede que AL aprove processo

Vitória

  – O governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira (PTN), disse ontem que quer que a Assembléia Legislativa autorize a tramitação do processo contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Estou pedindo à Assembléia que, quando essa denúncia chegar aqui, não atrase um dia, que seja liberada logo porque eu acho necessário que tudo isso que vem sendo requentado seja examinado pelo STJ. Eu tenho consciência e absoluta tranqüilidade de que isso vai ser examinado num ambiente como o Supremo, longe das paixões políticas”, disse.

Ferreira disse que não teme a ação do STJ porque as contas de campanha foram aprovadas pelos Tribunais Regional (TRE) e Superior Eleitoral (TSE). No entanto, no parecer, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, responsabilizou-o por falsificar documentos da prestação de contas à Justiça Eleitoral. O advogado de Ferreira, Nabor Bulhões, disse hoje que, mesmo que o Legislativo autorize o processo contra o governador do Espírito Santo, a denúncia de Brindeiro vai virar “peça de relíquia” no STJ. Segundo Bulhões não há elementos que embasem um processo contra Ferreira.

Denúncia

Anteontem, Brindeiro apresentou uma denúncia contra o governador, o cunhado dele Gentil Antônio Ruy e mais nove acusados. Mas, para que a ação transcorra no STJ, ainda depende de uma autorização da Assembléia Legislativa. A denúncia refere-se ao empréstimo, a descoberto, no valor de R$ 2,6 milhões, tomado pelo governador do PTN em 1998 para cobrir gastos de campanha. A única garantia oferecida ao banco foi uma nota de crédito emitida por Ferreira.

A denúncia pede que o Ferreira e Ruy sejam processados por crimes contra o sistema financeiro (Lei do Colarinho Branco) e eleitoral. Os outros nove denunciados estavam na direção do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), quando o empréstimo ocorreu ou eram empresários que teriam simulado uma doação para cobrir o rombo na conta de campanha. Na lista, constam os nomes do ex-diretor do banco Deosdete Lourenção, além de Sebastião Bussular Júnior, Juracy Spagnol e Leide Maria Servinini Fassarella.

Além deles, a denúncia também inclui o sócio da Construtura CEC Carlos Ernesto de Campos; o filho dele, Carlos Ernesto de Campos Filho, que é membro da Target Importação, Exportação e Representação.

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