José Eduardo de Andrade Vieira diz que seguiu a lei

O ex-senador e ex-ministro José Eduardo de Andrade Vieira refutou ontem a acusação do deputado Roberto Jefferson (PTB), de que teria contribuído de forma ilegal para a campanha eleitoral do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Informo que toda e qualquer contribuição consta da prestação de contas feita ao Tribunal Regional Eleitoral", afirmou Andrade Vieira, por e-mail, observando não se recordar do valor, "mas que foi o máximo que a legislação permite". Ele não quis fazer mais comentários.

Andrade Vieira foi o controlador do grupo Bamerindus, que chegou a ser o quarto maior banco brasileiro, sofreu intervenção do Banco Central em 1997 e foi vendido ao HSBC, numa operação que levou o ex-senador a romper relações com o então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, Andrade Vieira acusou a direção do Banco Central de "traição" porque, segundo ele, o Bamerindus tinha salvação, mas o BC optou por vendê-lo ao grupo britânico.

A participação na primeira campanha eleitoral de FHC, em 1994, foi pública e notória. Andrade Vieira, que era ministro de Indústria e Comércio do governo Itamar Franco, entrou em cena quando FHC ocupava uma das últimas posições na corrida eleitoral. A participação dele naquele estágio da campanha foi fundamental para a arrecadação de dinheiro.

Andrade Vieira foi presidente nacional do PTB – partido pelo qual se elegeu senador -, e ministro da Agricultura do governo FHC. A falência do Bamerindus o levou, um ano depois, a se afastar da política. Hoje ele administra o jornal "Folha de Londrina" e uma fazenda, herdada do pai, em Joaquim Távora, também no Paraná, para onde viaja todo final de semana.

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