Brasília – O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), questionou nesta segunda-feira (18) a Mesa Diretora da Casa se a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os cartões corporativos inviabilizaria a apresentação de um novo requerimento para a realização de uma CPI exclusiva, do Senado, com o mesmo objetivo.

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O senador Papaléo Paes (PSDB-AP), que presidia a Mesa no momento em que houve o questionamento, afirmou que o Regimento Interno e a Constituição Federal são omissos sobre o assunto. Agripino Maia quer uma resposta célere da Mesa, para, se for o caso, dar entrada amanhã (19) com um requerimento de CPI exclusiva.

O assunto ainda vai ser discutido com o PSDB e o PPS. Mas Agripino acredita que na quarta-feira (20) será feita a leitura do requerimento e, por consequência, a instalação da comissão parlamentar mista.

O DEM, o PSDB e o PPS reivindicam a divisão de poderes na CPMI com um dos cargos, ou a presidência ou a relatoria, os dois entregues à base aliada do governo.

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?Não podemos por antecipação coonestar uma farsa. Temos a obrigação, nós da oposição, de debater este assunto e tomar uma atitude refletida fundamentalmente de respeito à sociedade que está indignada e quer uma investigação isenta, séria e que puna culpados, estejam onde estiverem, argumenta o parlamentar.

Agripino Maia disse que não tem como os governistas realizarem uma investigação isenta, se as denúncias que serão objeto da CPMI dizem respeito a servidores e autoridades do atual governo. ?É a CPMI da raposa no galinheiro, ciscando para dentro?, disse.

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Para ele, a iniciativa do PMDB e do PT de indicaram, na semana passada, o senador Neuto de Conto (PMDB-SC), para a presidência, e Luiz Sérgio (PT-RJ), para a relatoria, teve uma ?clara intenção de mostrar quem vai tutelar os trabalhos?.