Brasília – O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, reafirmou a "ampla liberdade" de investigação da Polícia Federal na Operação Xeque-Mate. A investigação buscou desarticular uma quadrilha que contrabandeava componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis e tráfico de drogas, além de pagar propina para evitar fiscalizações policiais.
Os indiciados são acusados de praticarem crimes como corrupção, falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência e exploração de prestígio. Indagado pelos jornalistas se a CGU iria investigar um possível envolvimento do irmão do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, em casos de tráfico de influência ligado ao governo federal, o ministro Jorge Hage disse que pode atuar se for chamado, o que não aconteceu até agora.
"Tráfico de influência é crime tipificado no código penal brasileiro. Como todo crime, a investigação cabe à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. Não tenho nenhuma dúvida de que isso deve e será investigado. O presidente da República deu ampla liberdade para a Polícia Federal e ele tem afirmado isso diariamente. A investigação está sendo feita, não é algo que ainda será feito", disse.
O ministro participou da entrevista coletiva sobre o Seminário Brasil-Europa de Prevenção da Corrupção, que começa amanhã (13) e segue até sexta-feira (15). O evento é uma parceria da CGU, do Ministério do Planejamento, da Comissão Européia, e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).