Entidades civis de defesa ambiental temem que os Jogos Pan-Americanos no Rio aumentem os problemas ecológicos da cidade. O ambientalista Sérgio Ricardo de Lima, da organização não-governamental Os Verdes, afirma que várias medidas deveriam ter sido implementadas pela organização dos jogos.

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Entre elas, a despoluição da Baía de Guanabara, a adoção da reciclagem e da coleta seletiva e o uso de transportes com combustíveis alternativos e menos poluidores. "O nosso Pan vai ser um Pan anti-ecológico, vai ser um Pan cinza, em vez de um Pan verde", critica Sérgio Ricardo de Lima.

Segundo ele, não foi realizado um inventário de emissões atmosféricas do processo de construção e durante os jogos. A Prefeitura do Rio e o governo do Estado contrataram ontem (4) a Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ (Coppe) para realizar estudos nessa área. Entre as medidas de compensação a serem adotadas estão plantio de árvores, produção de composto orgânico e/ou queima de gás metano.

Por meio da assessoria, a Secretaria de Meio Ambiente diz que Agenda Ambiental dos Jogos Olímpicos está sendo cumprida. Hoje (5), estava previsto o plantio de mais de cem mil mudas para formar o corredor verde do Pan, visando uma melhor qualidade do ar no futuro.

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A secretaria afirma que realizou estudos de impacto ambiental, instalou estações de tratamento de esgoto e implementou projetos para diminuir o consumo de energia. O investimento na retirada do lixo flutuante da Baía da Guanabara estaria em R$ 120 mil por mês.

O coordenador de projetos de resíduos sólidos da Companhia municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Mauro Wanderley, diz que a coleta seletiva de lixo é feita em 42 bairros da cidade. "Nosso maior problema é informar a população a respeito da coleta, são problemas operacionais. Mas a coleta seletiva é feita", afirma Wanderley.

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Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes, não cabe à secretaria decidir sobre o uso de transportes com combustível alternativo. A secretaria pretende, no entanto, colocar em circulação 3 mil ônibus que utilizam biocombustíveis nos próximos anos.