O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira (31) que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) agia com leniência e, a partir de agora, as empresas aéreas serão fiscalizadas. "Vamos desenvolver processo de fiscalização da Anac." Perguntado se estava aliviado com a saída de Milton Zuanazzi da presidência da agência, o ministro Jobim respondeu: "Não é uma questão de programação. Nós fixamos um tipo de metodologia e ele não concorda. A solução é sair mesmo. Então está resolvido. Esse é assunto passado."
Segundo ele, agora começa um processo de "recomposição" da Anac, com "efetiva articulação entre os três pilares do sistema aéreo: Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), Anac e Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária)." Jobim acrescentou que, se Solange Paiva, hoje na chefia da Secretaria de Aviação Civil, for para a presidência da agência, ela conhece muito bem o setor.
Para o ministro, não há conflito com as empresas. "Há a necessidade de termos um entendimento através de cooperação. Existem questões que são previsíveis de problema na malha aérea, meteorologia e eventos. Em Brasília tivemos avião que arrebentou trem de pouso, isto é imprevisível, mas meteorologia é relativamente previsível." O ministro afirmou ainda que as empresas não estão participando de forma eficaz no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea para dar mais transparência às informações aos passageiros.