Brasília – O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), negou ontem a possibilidade de retardar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apurar denúncias de remessa ilegal de US$ 30 bilhões pelo Banco do Estado do Paraná (Banestado). “Não existe acordão”, garantiu ele, desmentindo ter firmado uma acerto com o Palácio do Planalto para evitar o inquérito que pode tumultuar o ambiente político e prejudicar o andamento das reformas constitucionais. Interlocutores do governo no Congresso, porém, deixam claro que os trabalhos da CPI preocupam o Planalto.
“Nossa prioridade são as reformas tributária e previdenciária, mas não vamos ficar enterrando a CPI”, garante o deputado Paulo Bernardo (PT-SP). A criação da CPI do Banestado tornou-se inevitável depois que os aliados do governo na Câmara foram forçados a barrar outros inquéritos que o Planalto julgava inconvenientes, como a investigação de irregularidades na privatização do sistema de telefonia.