Foto: Arquivo/O Estado

 Deputado Magno: "Se o caixa dois for levado ao pé da letra, dos 5.600 prefeitos do País, 5.300 devem ser cassados".

continua após a publicidade

Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, o deputado João Magno (PT-MG) disse que cometeu ?uma falha sanável? ao confirmar que usou caixa dois em suas campanhas a deputado federal em 2002 e a prefeito de Ipatinga em 2004. O petista recebeu R$ 126 mil, em 2002, e R$ 300 mil, em 2004, do esquema do empresário Marcos Valério. Segundo ele, o uso de recursos não contabilizados é comum nas campanhas e sobrariam poucos prefeitos no país se o crime for punido com rigor. ?Se o caixa dois for levado ao pé da letra, dos 5.600 prefeitos do País, 5.300 devem ser cassados, porque deixaram de prestar contas de R$ 500?, disse o petista.

João Magno, que só prestou contas dos R$ 426 mil usados nas duas campanhas em 17 de outubro de 2005, disse que não pôde contabilizar o dinheiro antes porque não tinha o recibo, o qual vinha cobrando do então tesoureiro do PT Delúbio Soares. O relator do processo, Jairo Carneiro (PFL-BA), não pareceu convencido e disse que há controvérsias. 

continua após a publicidade