Jefferson não vai depor na Polícia

Brasília – O ex-presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), afirmou ontem que não foi à Polícia Federal para a acareação com o militar reformado da Marinha Arlindo Molina porque o inquérito é político e ele quer proteger seu partido ?desse mar de lama?. O deputado podia comparecer para depor espontaneamente até o meio-dia de ontem. No entanto, ele preferiu não abrir mão do foro privilegiado a que tem direito por ser parlamentar e disse que está esperando a convocação da Procuradoria-Geral da República, que deve notificá-lo na segunda-feira.

Logo depois, Molina foi solto, na sede da PF, onde estava preso há dez dias. Ele foi acusado por Jefferson de tentar extorqui-lo usando as gravações em que o funcionário dos Correios Maurício Marinho foi flagrado recebendo propina em nome do PTB. Mesmo liberado, Molina deverá ficar à disposição da Justiça por duas semanas. Roberto Jefferson afirmou que passa por um calvário pessoal e que não vai arrastar o PTB junto. ?A minha vida agora é responder processos?, disse Jefferson, que desceu à portaria do edifício onde mora para acompanhar três parentes que foram visitá-lo.

Para ele, a crise é boa para o PTB, na medida em que ajudará o partido a escapar da pecha de fisiologista. Ele disse que o desembarque do PTB do governo é para valer e que já fez um apelo a Carlos Cota, que ocupa um cargo na Caixa Econômica em Minas Gerais por indicação do partido, para deixar o posto. Já em relação ao ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, Jefferson afirmou que sua nomeação para o ministério é parte da cota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por isso não pressionaria por seu afastamento.

Sobre sua segurança, Jefferson disse: ?Não quero barbados atrás de mim. Se fosse moça bonita, até queria?. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo