Brasília – O governo publicou em dezembro uma portaria que determina que a prova de inglês para os candidatos à carreira diplomática deixou de ser eliminatória, passando apenas a contar pontos em favor ou contra o aspirante ao emprego, assim como ocorre com o francês ou espanhol. A motivação foi remover um "fator elitista" no ingresso na diplomacia, conforme defendeu hoje o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
A decisão foi tomada, apesar de a cúpula do Itamaraty estar ciente de que a maioria das negociações políticas, econômicas e comerciais que envolvem o País – salvo aquelas no âmbito da América do Sul e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) – transcorre em inglês. Da mesma forma, boa parte dos contatos das representações estrangeiras com o Itamaraty, em Brasília, dá-se nesse idioma.
"Essa é uma decisão democratizante", insistiu Amorim, um negociador afiado no inglês e no francês. "Prefiro um diplomata que conheça bem o português e a história do Brasil a outro que saiba falar bem o inglês."
