O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assinou na tarde desta segunda-feira, 14, decreto que isenta veículos elétricos e híbridos de rodízio na capital. A medida vai beneficiar somente 387 automóveis, entre híbridos e elétricos, movidos a hidrogênio. No mês passado, a Prefeitura já havia autorizado para os dois tipos de veículo um desconto de 50% no Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

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Segundo Haddad, com o carro livre de rodízio e da quota parte do IPVA, a expectativa é que os motoristas se sintam estimulados a comprar veículos menos poluentes. “Se for mais caro do que o carro convencional, o IPVA vai compensar”, disse o prefeito em evento na sede da administração municipal.

Ao todo, na capital, há 1274 veículos híbridos e elétricos, entre carros, ônibus, motonetas, motocicletas, entre outros. Desses, 387 são automóveis. No Estado, são 2.214 veículos do tipo – desses, 723 carros.

Hoje, de acordo com o final da placa e o dia da semana, os veículos não podem circular nos horários de pico: das 7h às 10h e das 17h às 20h. Para Haddad, o rodízio perdeu eficiência ao longo dos anos com a compra do segundo e do terceiro carro por parte das famílias paulistanas.

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“Estamos estimulando a aquisição do carro elétrico, que ainda é caro, mas estamos começando uma política de incentivo, liberando a quota parte do ipva e liberando do rodízio”, afirmou.

Os resultados da medida, pioneira no País, são projetados pela Prefeitura a médio e longo prazo. Haddad disse que a expectativa é que a isenção do rodízio atraia a produção nacional de carros elétricos e híbridos para São Paulo.

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Inspeção

No evento, Haddad divulgou números da frota no período entre o início da inspeção veicular, em 2009, e a mudança nos critérios do texto, em 2013. Em outras ocasiões, o prefeito chegou a afirmar que vai esperar que o Governo do Estado crie a inspeção veicular. O projeto está parado na Assembleia Legislativa há seis anos.

O levantamento aponta que a frota da cidade continua crescendo, porém em ritmo mais lento se comparada com o total dos outros municípios do Estado. Na capital, em 2009, o aumento da frota foi de 5,4% em comparação com o ano anterior. Em 2013, o crescimento foi de 3,1%. Na visão de Haddad, a queda na aquisição de novos veículos causou prejuízos à arrecadação do IPVA e ao meio ambiente. “Ficamos com a fumaça, mas perdemos o IPVA”, disse.

O prefeito cobrou que a inspeção seja adotada no estado para evitar que a frota migre de uma cidade para outra a fim de escapar do rodízio. “Como é que em uma região metropolitana, que tem 39 municípios, uma vai fazer e os outros não?”, questionou Haddad.