O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Germano Inácio da Silva, de 41 anos, disse nesta terça-feira (5) que "não põe a mão no fogo por ninguém", sobre o fato da casa de seu outro irmão, Genival Inácio da Silva, de 64 anos, o Vavá, estar na lista de busca e apreensão da Operação Xeque-Mate, da Polícia Federal, que investiga a máfia de caça-níqueis.
"A gente precisa ver de acordo com a Policia Federal, que vai apurar mais, mas se for culpado, vai ter que pagar pelo que fez. Temos que ver a realidade das coisas. Mostrar a verdade pro povo brasileiro", disse Germano, que é marítimo e mora em Guarujá, na Baixada Santista.
Germano se diz "excluído" por ser irmão do presidente apenas por parte de pai, e afirma que não tem contato com Lula ou Vavá. "Mas eles têm bastante contato (Lula e Vavá). Ele (Vavá) está bem de vida. O Lula apóia e ajuda eles (os irmãos por parte de mãe e pai)", afirmou.
O marítimo disse também que a última vez que viu Vavá foi em 2004, no enterro da sua mãe. "Só nessas horas eles aparecem", lamentou. Já o último contato com o presidente foi em janeiro, quando aguardou por mais de seis horas para ser recebido por Lula no Forte dos Andradas, em Guarujá, onde o presidente passava férias. Na ocasião, Germano revela que ouviu uma promessa de Lula que até esta terça-feira não foi cumprida. "Depois disso, não sei se vou votar mais nele ou no PT", desabafou.