A gestão Fernando Haddad (PT) calcula arrecadar R$ 150 milhões a menos do que o previsto para 2014 com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por causa dos novos tetos de reajuste que deverão ser aprovados nesta quinta-feira, 24, pela Câmara de São Paulo, na primeira votação do aumento do imposto.
Na proposta orçamentária enviada ao Legislativo em setembro, Haddad estimava uma alta de R$ 1,3 bilhão na arrecadação com IPTU por conta da revisão da Planta Genérica de Valores (PGV), que está em discussão na Câmara. O aumento de 24% nas receitas, contudo, estava baseado nos tetos de reajuste de 30% para imóveis residenciais e 45% para comerciais e industriais.
Mas para tentar aprovar o aumento de IPTU na Câmara, onde o projeto sofre resistência até dentro da base governista, a gestão Haddad cedeu e aceitou reduzir as travas de reajuste para 20% e 35%, respectivamente. Com a redução das travas, o aumento médio para imóveis residenciais cai de 17% para 11%, segundo a Secretaria Municipal de Finanças. Já o reajuste médio dos imóveis comerciais cai de 39% para 31%. No total, o aumento médio geral será reduzido de 24% para 18%.
Nesta quarta-feira, 23, Haddad sofreu uma inesperada derrota ao não conseguir reunir o número mínimo de 28 votos para conseguir votar o IPTU. Agora, a bancada petista busca apoio para conseguir aprovar o reajuste nesta tarde. Os votos decisivos em favor do governo devem sair do PSD, terceira bancada na Casa, com nove vereadores, e que segue as diretrizes do ex-prefeito Gilberto Kassab, aliado do PT na esfera federal.