Investir em educação feminina acelera o crescimento econômico dos países, melhora a renda per capita e aumenta a produtividade. A conclusão é de um relatório do banco Goldman Sachs divulgado nesta terça-feira (4). A economista Sandra Lawson diz que é fácil comprovar os benefícios do aumento do nível de estudos entre a população feminina e o conseqüente avanço das mulheres no mercado de trabalho, mas o estudo tem o objetivo de medir esses efeitos com números.
Pelos cálculos de Sandra, o investimento na educação das mulheres tem o potencial de elevar o Produto Interno Bruto (PIB) em 0,2% ao ano nos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e no chamado Next-11, um grupo de 11 países escolhidos pelo Goldman Sachs como as próximas apostas de maior desenvolvimento (Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Coréia, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Turquia e Vietnã). "A educação feminina é essencial para o desenvolvimento econômico de longo prazo", diz. "O crescimento resultante de uma melhor educação alimenta um ciclo virtuoso.
Ela também calcula que reduzir a diferença educacional entre os sexos pode resultar em alta adicional de 14% da renda per capita até 2020 e em 20% até 2030. Segundo a economista, os níveis de produtividade sobem, já que a competição por cargos aumenta a qualidade da força de trabalho. Em países mais jovens, uma maior igualdade entre os sexos é associada ao começo de uma transição demográfica, tipicamente caracterizada como um período de rápido crescimento econômico.