Brasília – O gasto com a reforma agrária, uma das prioridades do governo Lula, está abaixo do praticado na gestão Fernando Henrique Cardoso. De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo federal gastou entre 1995 e 2002 cerca de R$ 1,44 bilhão anuais para adquirir terras e financiar o assentamento de trabalhadores rurais, enquanto a média de 2003 e 2004 caiu para R$ 1,2 bilhão.
Os valores históricos do Siafi foram atualizados pelo IPCA para permitir a comparação dos últimos 10 anos. A fase de maior investimento na reforma agrária ocorreu em 1997 e 1998, com R$ 2 bilhões aplicados por ano.
Isso ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente, antes do início do programa de ajuste fiscal. Já em 1999, por exemplo, o gasto em reforma agrária caiu para R$ 1,1 bilhão e se manteve nesse patamar até 2002. No ano passado, ele voltou a subir, agora para a casa do R$ 1,3 bilhão.
Outras áreas sociais também permanecem com o gasto congelado. O SUS, por exemplo, tem custado cerca de R$ 15,5 bilhões por ano em repasses para hospitais conveniados, enquanto o dinheiro distribuído entre os municípios estava estabilizado até 2003 e cresceu em 2004 cerca de 12% acima da inflação.
