O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, afirmou nesta segunda-feira, 16, que vai afastar o policial responsável por emitir um comunicado sobre um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC). O investigador teria falhado na apuração e emitido um alerta falso, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

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Na sexta-feira, 13, a Seccional de Araraquara, no interior, emitiu uma mensagem para todas as delegacias de São Paulo, sobre um possível ataque do PCC nesta terça-feira, 17. A informação teria sido levantada pelo Centro de Inteligência da unidade.

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“Os membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) dão conta de que armas de fogo foram distribuídas aos integrantes da facção para possíveis ataques”, diz o alerta. “Consta que no próximo dia 17 de janeiro o comando do PCC irá ordenar aos executores o tipo de ataque e o local onde cada um terá que agir.”

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Nesta segunda-feira, Mágino Alves confirmou a veracidade do documento, mas afirmou que o conteúdo está equivocado. Segundo ele, o responsável errou na investigação e na forma de emitir o alerta. Ele será afastado, uma vez que “não teria aptidão” para o cargo, e ocupará outra função na Polícia Civil. O secretário destacou que o agente não será exonerado.

“O monitoramento realizado tanto pela SSP quanto pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) não indica esse risco. Aquilo que está sendo difundido na internet é um informe de inteligência que precisa ser demonstrado e não tem a menor procedência”, afirmou Alves. “O alerta está errado. Aquilo é muito estranho. Quem emitiu aquele alerta é alguém que não sabe trabalhar com Inteligência.”

Alves afirmou, ainda, que verificou a situação em todo o Estado e não detectou “nada que justifique este temor que este falso alerta está provocando”. “Não falei e nem vou falar com ele (investigador). Nem sei o nome dele. Acho que não pode continuar na inteligência, pois é um trabalho que é feito não de maneira escancarada.”

O afastamento do servidor foi anunciado pelo secretário em evento ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, para entrega de 523 novas motocicletas e 50 carros para a Polícia Militar.