Brasília (AE) – As invasões em série promovidas desde a madrugada de domingo pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), que envolveram fazendas em mais de dez municípios paulistas, não despertaram movimentação no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) ou no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

continua após a publicidade

Técnicos do Incra disseram não se surpreender com a onda de ocupações. Ela segue o calendário do MST, que tradicionalmente intensifica suas ações no início de março. O auge das invasões geralmente se dá em abril, mês de aniversário de Eldorado de Carajás. No ano passado, o movimento deu uma trégua nesse calendário. A redução no ritmo de ocupações, na época, foi justificada pelas peculiaridades de 2006: ano de Copa do Mundo e de eleições.

Embora o MST e a CUT tenham afirmado que o ?arrastão? de terras foi organizado para cobrar ações mais rápidas e efetivas das autoridades para a reforma agrária, o MDA preferiu não se manifestar. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério informou apenas que não é de praxe fazer comentários diante deste tipo de movimentação, sobretudo se é pacífica.

Oficialmente, o Incra também não se manifestou. 

continua após a publicidade