Em uma nova defesa da intervenção federal no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer afirmou que o País apenas começou a ver os resultados da ação. De acordo com ele, os benefícios trazidos pela presença federal no Estado só se farão visíveis com o passar do tempo.

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“Desde que decretamos (a intervenção), falamos que isso não se resolve de um dia para o outro. Quando fui secretário em São Paulo, eu sabia que isso só ia dar resultado dali a algum tempo, três, seis anos”, emendou, em uma referência ao período em que comandou a Secretaria de Segurança paulista.

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O presidente citou como exemplo os primeiros desdobramentos da ação na Vila Kennedy, no Rio. “A intervenção lá na Vila Kennedy tem dado tranquilidade aos moradores daquela região. Estamos (presentes na região) há dois meses e a intervenção começa a dar resultado agora”, disse Temer. “Já há um mínimo de segurança a mais, mas vem com o tempo.”

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Questionado sobre um avanço no número de chacinas, o presidente disse enxergar a possibilidade de se tratar de uma “reação à presença ostensiva das forças de segurança”. “Já era previsto”, disse.

Sobre as chances de replicar a intervenção em outras regiões do País, Temer disse que o governo não tem a pretensão de invadir a competência dos Estados. “Não apenas fiz a intervenção, mas também criei um ministério”, prosseguiu. De acordo com Temer, a pasta é que servirá para assegurar a presença efetiva da União nos Estados.

Temer rejeitou o termo “intervenção militar” ao tratar da ação federal no Rio. De acordo com ele, a intervenção é civil. “A intervenção é civil. Designei um militar para chefiar, mas ele o faz com a Policia Civil e Militar.