Intermediação da CPI do Apagão irrita militares

Integrantes da CPI do Apagão Aéreo da Câmara decidiram intermediar a situação entre os sargentos controladores de vôo e o Comando da Aeronáutica. Mas oficiais da FAB não gostaram da interferência de integrantes do Legislativo numa ?questão militar? e alertaram que isso pode até piorar a crise.

A iniciativa foi tomada após os parlamentares visitarem o Centro de Controle de Tráfego Aéreo de Brasília (Cindacta-1) e verificarem ?um clima de guerra? entre controladores e oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB), o que seria o maior motivo da operação padrão dos operadores. Desde terça-feira, eles paralisam parte do sistema de tráfego aéreo do País.

?Temos de pedir aos controladores e ao Comando da Aeronáutica que liguem o transponder (equipamento anticolisão)?, resumiu o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS). Ele e o presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), irão procurar o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o presidente da Associação de Controladores de Tráfego Aéreo, sargento Wellington Rodrigues, para buscar uma solução negociada.

Na avaliação de oficiais ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo porém, a intermediação da comissão poderá fortalecer os controladores, enquanto a Aeronáutica estaria determinada a expulsar até 50 líderes do movimento dos sargentos. ?A interferência pode acirrar conflitos e fortalecer a quebra de hierarquia. Uma interferência externa agora não ajudaria a solucionar o conflito na estrutura militar?, alertou o deputado Eduardo Valverde (PT-RO).

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