Valter Campanato/ABr |
Segundo a controladora, interferência |
Brasília – A interferência de sinais de rádio e de telefones celulares nas comunicações entre os controladores e os pilotos é uma rotina no Aeroporto de Congonhas. A informação foi dada pelo controladora de vôo Luana Morena Maciel Araújo aos parlamentares da CPI da Crise Aérea da Câmara.
Segundo ela é comum entrar música ou ligações a cobrar na frequência em que os pilotos e os controladores conversam, o que obriga os profissionais a trabalhar com frequências alternativas.
?São rádios – se são piratas, a gente não sabe – e telefonia celular, que os pilotos reportam [informam] para a gente e a gente também ouve quando está trabalhando?. Ela destacou que a interferência dificulta a comunicação com os pilotos. ?Tentamos resolver na hora trocando a frequência.?
A controladora Ziloá Miranda Pereira disse que o problema melhorou há um mês, mas continua. ?Atrapalha, porque às vezes o piloto não consegue perceber a nossa instrução!?. Perguntada se essas interferências poderiam oferecer risco de à segurança ela afirmou que ?se não houver providências, sim?.
Ela explicou que cada console [monitor] usado pelos controladores tem uma frequência principal e uma alternativa, e explicou que o procedimento nos contatos com os pilotos é informar a frequência alternativa para o caso de haver problemas com a principal. ?Com esse problema de rádio pirata, celular, a gente pede para mudar , para continuar a operar?.
O relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS) informou, depois de ouvir os depoimentos, que a CPI deverá tomar medidas para diminuir o problema denunciado pelas controladoras. ?Vamos recomendar ao governo uma fiscalização maior do espaço de São Paulo no que diz respeito a essas interferências de outras frequências nos rádios dos controladores de vôo.