Lançado na quarta-feira, o site SOS Masp, criado com a intenção de pedir a intervenção estatal no Museu de Arte de São Paulo, já conta com a adesão de 358 intelectuais, artistas, curadores, museólogos, acadêmicos e simpatizantes. Entre eles, estão os artistas Nuno Ramos, Alex Flemming, Paulo Pasta e Rosângela Rennó, a atriz Eva Wilma, o cineasta João Moreira Salles, o sociólogo Francisco de Oliveira, o curador João Cândido Portinari (filho de Cândido Portinari, cuja obra "O Lavrador de Café" foi furtada do museu no dia 20) e José Eduardo de Assis Lefèvre, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp).

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Todos são signatários de documento firmado em 24 de dezembro, que preconiza a transferência da gestão do museu para a administração pública – ou Prefeitura, ou Estado ou governo federal. O site pode ser acessado pelo seguinte endereço: www.sosmasp.com.br. "Há algo no ar há muito tempo sobre essa administração, que não é muito boa", disse o sociólogo Francisco de Oliveira, signatário do manifesto.

O Masp teve duas obras de arte – "O Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso, e "O Lavrador de Café", de Portinari – roubadas do segundo andar de seu edifício na madrugada do dia 20. A situação precária de segurança (não havia alarmes nem sensores, e os seguranças eram monitores de público sem treinamento adequado) levou o Ministério Público Estadual a iniciar uma investigação. Anteontem, foram recolhidos documentos contábeis no museu. E ontem, o promotor Roberto Porto, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) disse que o resultado das investigações criminais servirá de base para uma decisão do MP sobre o caso – é possível a abertura de uma ação civil pública pedindo intervenção. Após 18 dias fechado, o Masp será reaberto na terça-feira, às 11 horas.

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