Instrução proíbe pouso sem reverso, diz gerente da Anac

O gerente de Padrões de Avaliação de Aeronaves da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), comandante Gilberto Schittini, disse nesta segunda-feira (27) que as normas da Instrução Suplementar (IS) RBHA 121-189, emitida em 31 de janeiro, proíbem, sim, o pouso de aviões com reverso travado, quando a pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, estiver molhada. Responsável técnico pela elaboração da IS, Schittini afirmou que o documento resume "precauções de segurança que têm que ser tomadas". Em depoimento na CPI do Apagão Aéreo da Câmara, na quinta-feira, a diretora da Agência, Denise Abreu, insistiu que a IS autorizava os vôos com um reverso inoperante.

Schittini apontou o trecho da instrução que deixa clara a restrição, que dá instruções para a engenharia de operações das empresas aéreas. "Preparar MEL (Lista de Equipamentos Mínimos) do operador (empresa aérea) apresentando a restrição para operação em pista molhada com antiskid (freio "antiderrapagem") e/ou com reverso inoperante." O comandante explica: "Aí está dito que há restrição para operação em pista molhada com reverso inoperante".

O outro trecho que reforça a necessidade de uso pleno dos reversos é o que diz: "Após o toque, confirmar a abertura dos ground spoilers (freios localizados nas asas) e usar o máximo reverso assim que possível." Na interpretação dada por Denise Abreu, a norma quer dizer máximo reverso "disponível", embora a palavra não esteja no texto. Questionado sobre o fato da diretora ter negado que a IS proibia o pouso da pista molhada com reverso travado, Schittini respondeu que "o documento foi feito para técnicos e pilotos, não para advogado".

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