Quatro pessoas foram ouvidas hoje pela Polícia Civil no inquérito que investiga a discussão entre a delegada Daniela Rebelo, da 19ª DP (Tijuca), e o tenente da PM Bernard Carnevale. Ela transitava de carro pela avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca (zona oeste), por volta das 2h30 do domingo, quando se deparou com uma blitz da Operação Lei Seca em que o policial atuava.
Segundo Carnevale, quando notou a fiscalização,a mulher tentou desviar, mas foi abordada pelo policial. Ele diz ter pedido a ela que se submetesse ao exame do bafômetro, mas ela se recusou e tentou agredi-lo. O tenente afirma ainda que foi arranhado e, para evitar novas agressões, algemou a delegada. A delegada afirma que não tentou fugir da blitz, mas parou o carro para atender ao telefone celular, e nega que o policial tenha pedido a ela para se submeter ao bafômetro.
O PM acusa a delegada de desobediência e desacato. Já a delegada diz que foi vítima de abuso de autoridade e lesão corporal, por ter sido algemada. O caso está sendo investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e pelas corregedorias das polícias Civil e Militar. Foram ouvidos ontem um agente da Operação Lei Seca, um motorista que também foi parado na blitz e mais duas pessoas. A Polícia Civil ainda deve ouvir um turista que presenciou a discussão.
Segundo o governo do Estado, a carteira de motorista da delegada estava vencida desde janeiro de 2011 e o veículo que ela dirigia não era licenciado desde 2009.