Inquérito fica pronto antes das eleições

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, admitiu ontem a possibilidade de concluir o inquérito sobre o suposto pagamento de mesadas a parlamentares, o chamado "mensalão", antes das eleições do próximo ano. Ele advertiu que a decisão não pode ser pautada pelo processo eleitoral.

Souza explicou que diligências e perícias importantes estão sendo feitas e que espera oferecer, em bloco, a denúncia dos acusados. "Neste momento, a minha idéia é fazer uma denúncia só, mas eu só posso dizer que vou oferecer a denúncia se, ao final, permanecer alguém que tenha foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal", disse. "O conjunto dos fatos é grande e, se pudesse fazer uma denúncia contra uma pessoa ou outra, eu perderia essa noção de conjunto. Estou tomando todo o cuidado para que não se transforme num inquérito monstro."

O procurador-geral da República voltou a descartar a prisão preventiva do empresário Marcos Valério. Segundo ele, a prisão do empresário obrigaria à conclusão do inquérito sobre o suposto pagamento de mesadas a parlamentares, o chamado "mensalão", em cinco dias. 

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