A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) deve entregar à Justiça Federal relatório sobre as condições operacionais do Aeroporto Internacional de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A informação foi dada pela assessoria do presidente da empresa, José Carlos Pereira. A Infraero destacou que somente ontem recebeu a intimação do juiz Clécio Braschi, da 8ª Vara Cível Federal de São Paulo, que vai decidir se manda interditar ou não Congonhas.

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Responsável pela ação movida pela Procuradoria da República, que requereu o fechamento do aeroporto até conclusão das investigações sobre a tragédia do Airbus A-320 da TAM, o juiz resolveu primeiro cobrar informações da Infraero e também da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O prazo legal para que a Infraero e a Anac respondam à ordem judicial é de 72 horas a partir da citação dos envolvidos. O artigo 2º da Lei 8.437/92 estabelece que na ação civil pública a liminar será concedida, quando cabível, após manifestação das partes no prazo de 72 horas. A Infraero anunciou que pretende antecipar sua declaração para terça.

A ação do Ministério Público Federal foi proposta quarta-feira, menos de 24 horas depois do maior acidente da aviação brasileira. Os procuradores federais pedem a interrupção de todas as operações de pouso e decolagem nas pistas principal e auxiliar do aeroporto. Eles alegam que Congonhas está superado. ?Um estado de incerteza envolve o aeroporto?, assinala o procurador da República Márcio de Araújo, que investiga Congonhas há cerca de um ano.

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