Infraero afasta funcionários suspeitos

Brasília – O Conselho de Administração da Infraero aprovou, em reunião no final da manhã de ontem, o afastamento de mais três servidores da empresa para facilitar o trabalho de sindicância que está sendo realizado para apurar denúncias de irregularidades na compra de software para controle da publicidade veiculada nos aeroportos. A investigação está sendo feita pela CGU – Controladoria Geral da União, a pedido do ministro da Defesa, Waldir Pires.

Por conta dessa investigação estão sendo afastados Tércio Ivan Barros, assessor da presidência da Infraero, Mariângela Russo e Roberto Spinelli Júnior, estes lotados na administração de Guarulhos. Três outros que já estavam afastados e permanecerão fora da empresa até que todas as investigações sejam concluídas. São eles: Wellington Moura, Márcia Chaves e Fernando Badaglia. A comunicação aos afastados foi feita na tarde de ontem.

Desde junho do ano passado, a CGU estava investigando a compra superfaturada do programa Advantage V.2, destinado a gerenciar a comercialização de espaços publicitários nos diversos aeroportos brasileiros. O software foi adquirido em 2001 e custou cerca de R$ 26 milhões.

Só que funcionou apenas dez meses passando a apresentar freqüentes problemas e, segundo informou a CGU, durante a investigação, a empresa que fez o contrato – FS3 Comunicação e sistemas -nunca dispôs de nenhum tipo de controle sobre os recursos oriundos da utilização destes espaços, o que pode representar perda de um grande volume de arrecadação. Entretanto, o mais grave, segundo a CGU, foi a suspensão do contrato e a falta de substituição por outro mecanismo de gerenciamento da comercialização de pontos de mídia aeroportuária.

Barrada auditoria na empresa

Brasília (AE) – O governo conseguiu impedir ontem a votação na CPI do Apagão Aéreo da Câmara de um requerimento de pedidos de auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que envolvam segurança e controle do tráfego aéreo. Essas auditorias apontam irregularidades em empresas como a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pela administração dos aeroportos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Aeronáutica. Neste primeiro embate entre aliados e oposição, o governo mostrou sua força na CPI da Câmara: foram 15 votos contra a inclusão na pauta de votação do requerimento apresentado pela oposição e nove a favor do pedido.

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