Uma infiltração na cobertura pode ter sido a causa do desabamento de lajes das salas de final 4 nos 13 andares do Edifício Senador, anteontem, no centro de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A explosão de um botijão de gás ou a queda de uma caixa d’água são hipóteses praticamente descartadas pela polícia.

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Na cobertura do prédio, a polícia encontrou indícios de que foi executada recentemente uma obra para combater uma infiltração, com partes vedadas possivelmente com selante à base de piche. Em princípio, também teria sido instalado um ralo para escoar a água das chuvas. Responsável pelo inquérito, o delegado titular do 1.º DP de São Bernardo, Vitor Lutti, disse que a obra não foi “conveniente”.

A única obra em andamento no prédio atualmente era a pintura do hall dos elevadores e de corredores. Cláudio Fortunato, de 37 anos, responsável pela intervenção, estava no local no momento do acidente. Ele vistoriava os andares, à espera de funcionários do turno da noite, quando tudo veio abaixo. “Foi coisa de cinco segundos.” A prefeitura de São Bernardo diz que o prédio foi vistoriado no ano passado e estava em situação regular.

Escombros

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Já haviam sido retiradas, até a noite de ontem, cerca de 300 toneladas de entulho do local.

O desabamento deixou desalojados médicos, dentistas, advogados e outros profissionais liberais que ocupavam as 74 salas do Edifício Senador. Cercados por um cordão de isolamento em uma das calçadas ao lado do prédio, eles contabilizavam o prejuízo e tentavam recuperar o que sobrou.

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O piso da sala 94, consultório do urologista Carlos Bezerra, de 51 anos, ruiu por completo. “Além dos equipamentos da clínica, também estavam lá os prontuários dos pacientes.” A documentista Eliana Palazzo, de 46 anos, tentava encontrar forças para tocar o trabalho. “Não posso ficar sem trabalhar. Vamos procurar outro lugar.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.