Uma infecção na pele do menino de 2 anos que teve agulhas inseridas em seu corpo, em Ibotirama (BA), impossibilitou a realização de uma pequena cirurgia para a retirada de quatro objetos que estão localizados no lado esquerdo do corpo do menino, entre a axila e a coxa.
A operação, a quarta à qual o menino seria submetido, estava marcada para hoje, no Hospital Ana Neri, em Salvador. Segundo os médicos, a lesão não é grave, tem fácil tratamento, e foi causada por agulhas que estão abaixo da pele.
Essas agulhas não devem mais ser removidas até que a criança receba alta médica do hospital, o que deve ocorrer na sexta-feira. Segundo os médicos, esses objetos poderão ser retirados em procedimentos ambulatoriais posteriores.
Além dessas quatro, o menino tem uma agulha encravada no osso do púbis, mas não há planos para a retirada. Segundo o diretor médico do hospital, Roque Aras, esse objeto não terá nenhuma influência no desenvolvimento da criança.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital às 18h45, menino recupera-se bem das três cirurgias a que foi submetido, nas quais foram retiradas 22 agulhas, alimenta-se e brinca normalmente e já teve concluído o tratamento com antibióticos.
O padrasto do menino, Roberto Carlos Magalhães, que confessou o crime, e a suposta amante dele, Angelina Ribeiro dos Santos, estão presos. Eles foram denunciados por tentativa de homicídio qualificado pelo Ministério Público baiano e estão à disposição da Justiça. A pena dos dois pode chegar a 20 anos de prisão.