O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) vai investir R$ 3,74 milhões em 20 mil lacres eletrônicos que serão utilizados em exames do instituto neste ano.
Os lacres tem custo unitário de R$ 187. O novo recurso é capaz de monitorar o exato momento em que um malote é aberto e fechado e pode ser utilizado em até seis provas. Hoje, o governo consegue rastrear o horário em que as provas chegam ao local de aplicação do Enem.
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada em setembro revelou que o Inep vai desembolsar R$ 18,7 milhões para a compra de 100 mil desses dispositivos, que serão instalados nos malotes contendo as provas. A tecnologia será aplicada gradativamente, para teste do novo sistema.
De acordo com o Inep, dos 20 mil malotes comprados neste ano, 10 mil serão destinados ao Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), Revalida e Prova Brasil.
Os outros 10 mil malotes com o lacre eletrônico serão utilizados no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que acontece neste fim de semana. Em 2012, 48.341 malotes garantirão a segurança e o transporte das provas.
No ano passado, alunos do Colégio Christus, no Ceará, receberam, antes do Enem, material com questões que caíram na prova.
As questões estavam em um pré-teste do MEC aplicado na escola em 2010 para verificar o nível de dificuldade da prova e, de acordo com a Polícia Federal, elas foram copiadas.
Em 2009, a prova foi furtada da gráfica que a imprimia por um funcionário do consórcio Connasel, contratado para aplicar o Enem.
Em nenhum dos casos o lacre teria evitado o problema.
A responsável por fazer os lacres é a empresa RR Donnelley Editora e Gráfica, que ganhou edital para prestação do serviço entre o início de outubro deste ano e o final de setembro de 2013.