Cerca de 191 mil alunos que prestariam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste fim de semana terão a prova adiada para 3 e 4 de dezembro, confirmou nesta terça-feira, 1º, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). O motivo são as escolas ocupadas pelo movimento secundarista em todo o Brasil, 304 delas locais de prova.
Os inscritos afetados pela mudança serão avisados por SMS, e-mail e na Página do Participante, no site do Enem, de que estão dispensados do exame neste fim de semana. A data de divulgação dos novos locais de aplicação da prova ainda não foi definida, “mas será com a antecedência necessária”, afirmou a presidente do Inep, Maria Inês Fini.
A nova prova, segundo ela, já está pronta – e foi elaborada a partir do banco de itens do órgão, vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Será uma versão diferente da que será aplicada neste fim de semana, “mas absolutamente equivalente, com o mesmo formato”.
O cronograma de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) será mantido, assim como os prazos para candidaturas ao Programa Universidade Para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no ano que vem.
Maria Inês Fini afirma que os prejuízos financeiros de uma nova prova “ainda não foram calculados”. Porém, o próprio MEC divulgou nota, semana passada, estimando R$ 8 milhões de custos adicionais. “Lamentavelmente, quem paga a conta é o governo federal. Adoraríamos passar esse custo aos verdadeiros responsáveis, que, na minha visão não são os jovens”, disse ela, afirmando que os alunos estão sendo “orientados para invadir”.