A indústria do plástico fechou nesta terça-feira (11) um acordo com a Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para aumentar as exportações do setor. O acordo foi assinado em São Paulo, na 6ª Feira Internacional da Embalagem (Brasilpack), que se realiza até o final da semana no Parque do Anhembi.
O acordo prevê um investimento compartilhado entre a ApexBrasil e 78 empresas do setor no valor de R$ 9,2 milhões, por um período de dois anos. Trata-se de uma renovação do Programa Export Plastic, que iniciou em 2006 a parceria do setor com a Apex, para promover produtos no exterior e desenvolver estudos e ações de inteligência competitiva.
As ações incluem a participação em feiras internacionais e a manutenção de estoques estratégicos nos cinco centros de distribuição que a Apex e o ministério mantêm nos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, para pronta-entrega e conquista de novos clientes.
A indústria do plástico tem um faturamento elevado, faturou US$ 18,6 bilhões no ano passado. No entanto, o setor exporta pouco. Foram US$ 1,18 bilhão em 2007, o que representa 6,3% do faturamento. As importações do setor ficaram em US$ 1,83 bilhão, um saldo negativo de US$ 646 milhões na diferença com o que foi exportado.
No ano passado, as exportações cresceram 12% em faturamento, mas apenas 2,4% em volume, em razão da valorização do real frente ao dólar. Os dois resultados são inferiores aos de 2005. No ano passado, as importações cresceram 30,3% em dólares e 16,8% em toneladas, segundo o balanço consolidado da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
Para o presidente da entidade, o empresário Merheg Cachum, o setor precisa se tornar mais competitivo. ?Como o país está convivendo com uma moeda do forte, o setor precisa aprimorar suas ações para exportar mais e aumentar sua competitividade, o que passa pela desoneração de toda a cadeia produtiva?, disse Cachum.
Ele disse que a desvalorização do dólar cria dificuldades para as exportações brasileiras de todos os setores. "Não está sendo fácil, com o dólar no patamar em que acabou chegando. Mas temos que criar alguns mecanismos para que possamos continuar exportando. Tanto é que estamos renovando o contrato. Nós queremos ser mais competitivos, melhores exportadores e acho que esta é uma saída para o país?, avaliou.
Na ocasião, o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, pediu aos empresários mais atenção às oportunidades na África, na América Latina e no Caribe. Miguel Jorge disse ainda que está mantida a expectativa de saldo comercial para este ano de US$ 35 bilhões.