Cerca de 2.000 índios de várias etnias invadiram por volta das 12h40 de hoje a sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Funcionários do órgão fecharam as portas do prédio e barraram os manifestantes. Vestidos com trajes típicos e com alguns deles portando arcos e flechas, os índios disseram que vão acampar no local até serem ouvidos.
Em torno das 13h30, foi autorizada a entrada no edifício de um grupo formado por 12 representantes indígenas.
A invasão é um protesto contra empreendimentos do BNDES que são financiados em terras indígenas e que impactam diretamente a vida dos povos.
“Se os europeus continuarem vindo ao Brasil, colocando garimpeiros para massacrar nosso povo, a gente não vai permitir. A gente não quer, somos tratados como animais. Nosso povo quer uma política voltada para os índios”, disse o cacique Darã, da tribo tupi-guarani, de município de Itaporanga, em São Paulo.
Da etnia puroborá, de Rondânia, Hozana Castro de Oliveira explica que a reivindicação é dirigida às terras indígenas. “O governo diz que não tem dinheiro para demarcar as terras e nem para a nossa educação, mas tem dinheiro para dar para empresas construírem hidrelétricas e outras fábricas em nossas terras.”
As tribos também pedem ações contra o desmatamento, as usinas de Belmonte, a demarcação de terras indígenas, além de melhorias nas condições em educação e na saúde do índio e também na defesa da alimentação sustentável. Ou seja, sem o uso de agrotóxicos.
