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Brasília – Entre as 50 prefeituras que tiveram suas contas analisadas na 10.ª rodada do Programa de Fiscalização por Sorteios Públicos, a Controladoria Geral da União encontrou fortes indícios de desvio de dinheiro público em 39, uma delas na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Em São João do Meriti, por exemplo, os fiscais procuraram, mas não acharam os equipamentos comprados por R$ 199,3 mil para dez creches destinadas a filhos de famílias de baixa renda. Os fiscais notaram ainda o sumiço de filmadoras, fotocopiadoras, mesas, cadeiras, balança, bebedouro e outros utensílios, adquiridos com dinheiro federal, para cinco escolas.

Na prefeitura de Itabela, no interior da Bahia, as empresas FW Construtora, KSA Construtora, Empreendimentos Pingo de Ouro e JN Indústria e Comércio, que prestam serviços à prefeitura, têm como contador o secretário de finanças da cidade. A FW tem como endereço o escritório do secretário. Para a controladoria, este é um caso flagrante de conflito de interesse.

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Contrato

Os fiscais descobriram ainda que a empresa Juacema, supostamente controlada por uma empregada doméstica, tem um contrato de R$ 2,7 milhões com as prefeituras de Santa Cruz e Lagoa Nova, no Rio Grande do Norte. A empregada, que declarou não conhecer a empresa, estaria sendo usada como laranja para camuflar os verdadeiros donos da empresa. A controladoria apontou ainda indícios de fraude nos papéis apresentados pela prefeitura de Capitão Poço, no Pará, para justificar despesas da ordem de R$ 7,1 milhões com o dinheiro do Fundo de Valorização do Ensino Fundamental e do Magistério (Fundef).

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