Nova Andradina, MS (AE) – Na terça-feira o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou a ordem de despejo das 1.057 famílias que ocupam a Fazenda Teijin, em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul. Ontem, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) começou a distribuição de lotes no local. Durante toda a manhã, foram sorteados 504 lotes para as famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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A decisão do STJ não é definitiva e o dono da fazenda, Shigeaki Hayashi, vai entrar com recurso. A pressa do Incra em assentar as famílias favorece o MST, segundo o coordenador estadual Márcio Bissoli. ?O processo judicial ainda não terminou, por isso, quanto mais rapidamente a gente agir, mais difícil fica para eles (os donos).?

A entrega simbólica dos lotes reuniu cerca de 300 militantes, dirigentes do MST e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), e representantes estaduais do Incra. Um palanque foi improvisado sobre a carroceria de um caminhão no acampamento do MST, dentro da fazenda. Dos 1.057 lotes, 27 serão destinados a funcionários da Teijin que aderiram aos sem-terra. Os 1.030 restantes foram divididos igualmente entre famílias do MST e da Fetagri.

Recursos

 A empresa contratada pelo Incra para cuidar da infra-estrutura, abrindo estradas, poços artesianos e açudes, retomou os serviços ontem. O chefe regional do Incra, Roselmo Almeida Alves, anunciou a liberação de R$ 11 mil por família para a construção das casas. Os recursos serão liberados em materiais para a construção.

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O órgão já liberou a primeira parcela dos R$ 4,8 mil a que cada família terá direito para iniciar as atividades no lote. Outros R$ 18 mil para cada assentado, a título de custeio agrícola, serão liberados quando a casa estiver pronta.

Com a decisão do STJ, os sem terra decidiram dar mais cinco dias de prazo para que o dono da fazenda retire as 10 mil cabeças de gado e o maquinário que está no local.

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