O laudo do núcleo de engenharia do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico Científica de São Paulo aponta que o incêndio que atingiu o Instituto Butantan, na zona oeste da capital, no ano passado, foi acidental. O fogo comprometeu boa parte da coleção de 77 mil serpentes e 450 mil aranhas e escorpiões.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o laudo aponta que o fogo começou em consequência do superaquecimento de pedras de calor, usadas em ambientes artificiais para aquecer as cobras. O incêndio começou entre 7 e 8 horas da manhã e foi controlado por volta das 10 horas, por dez viaturas e 50 homens do Corpo de Bombeiros. Não houve feridos.
Toda a coleção de cobras do Butantã – um total de aproximadamente 85 mil exemplares, a maior coleção do mundo de animais da região tropical – foi perdida no incêndio. Centenas de espécimes desses répteis que haviam sido coletadas pelos biólogos ainda não haviam sido descritas. Entre os aracnídeos – em especial aranhas e escorpiões -, a perda foi de cerca de 450 mil espécimes.