Um incêndio de grandes proporções atingiu barracões de escolas de samba na Avenida Otto Baumgart, na zona norte de São Paulo, no início da noite desta segunda-feira, 14. Não houve vítimas graves, mas ao menos três pessoas tiveram de receber atendimento após inalar fumaça.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou por volta das 18 horas e destruiu o barracão da Independente Tricolor. Vizinho, o galpão da Leandro de Itaquera também foi atingido, com menor gravidade.
“A gente teve um galpão destruído. Parte da estrutura, principalmente as vigas que sustentam a cobertura, também foi destruída”, disse o tenente Anderson Luiz Silva, dos Bombeiros, sobre o barracão da Independente. “Tudo que tinha dentro foi queimado, (ficou) inutilizável.”
Já o galpão da Leandro de Itaquera, embora tenho sido atingido pela chama e pelo calor, “não teve abalo de estrutura” e “nem quantidade significativa de objetos destruídos”, segundo Silva. As áreas foram isoladas e vão passar por análise da Defesa Civil.
Uma mulher de 20 anos, que não quis se identificar, estava em um galpão vizinho e afirma que o incêndio começou de repente. “A gente viu a fumaça e saiu todo mundo correndo para tentar apagar o fogo”, diz. “Todo mundo se juntou. Não é porque não é minha escola que eu não iria ajudar.”
Dezesseis viaturas e cerca de 40 bombeiros trabalharam por mais de uma hora para controlar as chamas. O local reúne mais de 20 galpões e o fogo teria começado em uma unidade no centro do espaço.
“Nosso trabalho foi controlar para que o fogo não se espalhasse para os outros galpões”, afirma Silva. Segundo o bombeiro, no local havia carros alegóricos, ferramentas e materiais como tinta, solventes e botijões de gás.
As causas do incêndio serão investigadas. O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de SP, Paulo Sérgio Ferreira, diz não saber a origem do incêndio. “A gente chegou e estava aquela labareda de fogo. Estamos acompanhando o trabalho dos Bombeiros”, diz.
Segundo afirma, o espaço pertence à Prefeitura mas está concedido para a Liga. A estrutura é formada por 20 galpões destinados a escolas de samba dos grupos de acesso 1 e 2.
Ferreira diz que o local é alvo de furtos constantes. “Tem hidrante, tem tudo nos barracões”, afirma. “Só alguns reparos que estavam sendo feitos, como a reposição de bicos de mangueira que são furtados.”
Ainda de acordo com presidente da Liga, o incêndio não deve prejudicar os desfiles de 2020. “A gente vai dar todo suporte para as escolas, mas podem ter certeza de que o carnaval vai ser gigante.”