O incêndio nas instalações da Ultracargo está afetando os embarques de etanol pelo Porto de Santos (SP). Fontes ligadas à área portuária disseram ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que pelo menos um navio, o Bow Architect, de bandeira panamenha, está com carregamento atrasado, impedido de atracar no Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (Tegla), por causa do fogo que começou na quinta-feira, 02. Segundo as fontes, a embarcação deve receber 17,5 mil toneladas do biocombustível.
O Bow Architect, contudo, é apenas um dentre os 10 navios que estão aguardando na barra de Santos para poder atracar e embarcar outros produtos no Tegla, de acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Já a agência marítima Williams Brazil diz que são 13 no total, mas que esse número deve aumentar por conta dos que estão para chegar.
Mais cedo, a Codesp informou que somente o Tegla está com as atracações de navios suspensas. Voltado à operação de produtos químicos, derivados de petróleo, gás e etanol, o terminal de granéis líquidos fica separado da chamada área organizada do Porto de Santos, que é uma “faixa” contínua de terminais. Segundo a Codesp, os trabalhos nos outros 54 terminais ocorrem normalmente e, até agora, também não há relatos de problemas com o embarque de commodities agrícolas como açúcar e grãos, mesmo com o acesso ao porto dificultado. A saída e a entrada de caminhões estão proibidas nesta segunda-feira, 06, pelo Sistema Anchieta-Imigrantes, visando a reduzir ao máximo os impactos no tráfego portuário. Já a Avenida Augusto Barata, que é o acesso pela margem direita do Porto, continua fechada desde quinta-feira.
O incêndio atingiu seis tanques da Ultracargo e já dura quase 100 horas. Na manhã de hoje, o Corpo de Bombeiros informou que o fogo pode ser extinto ainda nesta segunda-feira, após o uso de mais de 5 bilhões de litros de água do mar.