Prédio do Itaú em Santana, zona norte de São Paulo.

São Paulo

– Duas pessoas morreram de parada cardiorrespiratória por causa do incêndio que ontem atingiu a sede administrativa do Banco Itaú, na Rua Alfredo Pujol, zona norte da cidade. Em princípio, só havia a confirmação de uma morte. O fogo teve início por volta das 15h e só terminou às 18h. As vítimas fatais foram levadas para os hospitais Santana e Mandaqui. Uma delas era Moisés Tavares, que faleceu no hospital Mandaqui. A assessoria de imprensa do Itaú ainda não confirma se ele era funcionário do banco. O nome da outra vítima não foi divulgado até à noite.

Segundo o coronel Wagner Ferrari, do Corpo de Bombeiros, houve oito vítimas no total, incluindo as duas fatais, que seriam funcionários do banco. Entre as oito vítimas, havia cinco funcionários e três bombeiros. Ferrari diz que as outras vítimas, incluindo uma mulher grávida, tiveram intoxicação e ferimentos leves e estão fora de perigo de morte. Um bombeiro teve cortes leves no pulso. Os bombeiros fizeram a operação de rescaldo e varredura, a fim de verificar se havia novas vítimas. Nada foi encontrado.

De acordo com Ferrari, o fogo demorou a ser contido por conta da grande quantidade de material inflamável no local. O incêndio começou no segundo andar do prédio, onde funcionava o almoxarifado. Havia muitas prateleiras com papéis e fitas magnéticas que alimentaram o fogo. O piso do local, de carpete, também é bastante inflamável. Também houve dificuldade extra porque o fogo teve de ser combatido, no início, do lado externo.

O prédio tem seis andares. O fogo começou no centro do segundo andar e não chegou a atingir os outros pavimentos. Houve apenas a passagem de fumaça e calor. A temperatura no segundo andar chegou a 900 ºC. O incêndio destruiu monitores de computadores e vidros do segundo andar, provocando explosões no local. Telhas que revestem os prédios também explodiram. Os bombeiros tiveram de quebrar os vidros do prédio para liberar a fumaça.

Quase todo o material que estava no segundo andar foi destruído. Apesar de algumas rachaduras no prédio, os bombeiros dizem que não houve abalo na estrutura da construção. A causa do incêndio ainda vai ser objetivo de análise da perícia, que começou ontem mesmo. Participaram da operação 108 homens do Corpo de Bombeiros e 27 viaturas. Foram gastos 180 mil litros de água para combater o fogo, o equivalente a 9 caminhões-tanque. De acordo com Ferrari, o prédio passou por inspeção há cerca de três meses e estava em dia com as normas de segurança.

Segundo moradores de um prédio de três andares vizinho do Itaú, os bombeiros teriam demorado pelo menos meia hora para chegar ao local.

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