Vítimas do incêndio que atingiu uma favela de São Vicente (SP), uma mãe e dois filhos pequenos, estão internados em Santos e São Vicente. O incêndio atingiu 11 palafitas da favela México 70 no início da manhã de hoje, destruiu 11 barracos e deixou cerca de 100 pessoas desabrigadas.
As chamas começaram por volta de 4h20 da madrugada na palafita de Leandra Campos, de 30 anos. Ela e seu filho, Mateus Campos dos Santos, de 1 ano, estão internados na ala de queimados da Santa Casa de Santos. O outro filho de Leandra, Lucas Campos dos Santos, de 2 anos, sofreu queimaduras nos pés e segue em observação no Hospital Municipal de São Vicente.
Laura teve 40% do corpo ferido e está com queimaduras de segundo e terceiro grau no rosto, tórax, abdome, nos dois braços e na perna esquerda. Já o bebê de um ano teve 10% do corpo queimado. A criança tem queimaduras de terceiro grau no rosto, tórax e no pé direito, mas a lesão mais grave é na mão. O estado de saúde de mãe e filho é regular, porém o protocolo indica que vítimas de queimaduras graves são consideradas em risco até 24 horas após o acidente.
Acionado às 4h24 da madrugada, o Corpo de Bombeiros controlou as chamas às 6h30 da manhã. Sete viaturas e 21 homens trabalharam para combater o incêndio, cuja causa ainda está sendo apurada. De acordo com a Prefeitura de São Vicente, o fogo atingiu uma área de cerca de 200 metros quadrados da favela.
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Atualmente, 1830 famílias moram na México 70, mas um projeto do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pretende extinguir a favela até 2012, transferindo parte das pessoas para conjuntos habitacionais e realizando regulamentação fundiária e urbanização das áreas para aqueles que deverão permanecer no local. Segundo a prefeitura, 338 famílias já foram retiradas da favela, e a intenção é transferir os desabrigados pelo incêndio para um conjunto habitacional em janeiro. Até lá, essas 11 famílias receberão auxílio moradia de R$ 300 da prefeitura.