São Paulo (AE) – Os acusados de incendiar o ônibus 350, no dia 29 de novembro, na Penha, zona norte do Rio, não tinham a intenção de matar os passageiros, mas apenas de incendiar o veículo. A conclusão é do inquérito da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil fluminense, que será encaminhado nesta quarta-feira ao Ministério Público Estadual.
Segundo a chefia de investigações do caso, as cinco mortes resultaram de um ataque mal planejado. Segundo a Polícia, os criminosos tiraram o motorista para que ele não morresse e mandaram as pessoas para o fundo do ônibus para que elas descessem pela porta traseira, mas a mesma estava trancada. A inspetora Marina Maggessi afirmou que a confusão teria ainda aumentado quando um dos oito acusados de colocar o fogo tentou assaltar a cobradora do ônibus, depois de a gasolina já ter sido despejada.
Em meio ao tumulto, as outras pessoas teriam riscado o fósforo. O ataque teria sido uma represália à morte de um traficante da região da Penha, no dia 29 de novembro, mesmo dia do incêndio. Os mandantes teriam sido, segundo o inquérito, o presidente da Associação de Moradores da comunidade de Vila Piquiri, conhecido como Beto, e Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde, apontado como chefe do narcotráfico da região. (Ricardo Valota)