A Imprensa Nacional comemora nesta terça-feira (13) 200 anos de criação. Idealizada pelo príncipe regente dom João VI, transformou-se em ferramenta de trabalho indispensável para o governo da época, que publicava informações administrativas, dava notícia das ações, nomeações e atos do Império.

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"Era uma coisa realmente muito administrativa, não era ainda a imprensa de opinião. Com a vinda da Côrte para o Brasil, começam a surgir condições para que outros orgãos de imprensa comecem a circular, principalmente a partir da Independência", afirma o professor de história da Universidade de Brasília Jaime Almeida, em entrevista ao programa Revista Brasil.

Segundo ele, a Imprensa Nacional é que registra praticamente todos os atos dos poderes da União. Temos algo importante que é informar a população de todo assunto de natureza administrativa dos orgãos públicos . A Imprensa Nacional disponibiliza essa informação para os interessados, abrindo também a possibilidade de certo controle por parte da população na administração do país.

De acordo com Almeida, a imprensa chegou tardiamente ao Brasil. O jornal impresso já existia há muito mais tempo na América espanhola e em cidades importantes, como a Cidade do México, Lima, Bogotá e Buenos Aires, que tinham a sua imprensa, inclusive não-oficial.

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"Antes de mais nada, a imprensa, desde o início, contribuiu para uma participação maior, cada vez mais significativa, do cidadão nos assuntos nacionais; antes da circulação do impresso, a participação política era muito mais fechada.

A Imprensa Nacional nasceu por decreto do príncipe regente dom João, em 13 de maio de 1808, com o nome de Impressão Régia. No decorrer dos anos, recebeu novos nomes: Real Officina Typographica, Tipographia Nacional, Tipographia Imperial, lmprensa Nacional, Departamento de Imprensa Nacional.

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