Foi feita, na manhã desta quarta-feira, 3, a exumação do corpo que seria do vendedor Valdenilson de Barros, de 55 anos, enterrado como sendo o aposentado Antônio Iak, de 73, após uma troca de corpos feita dentro do Instituto Médico-Legal central de São Paulo. As famílias devem fazer novo reconhecimento dos corpos ainda nesta tarde para, enfim, desfazer a confusão, ocorrida na semana passada, que trouxe apreensão para ambas as famílias.

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A troca dos corpos é investigada pelo IML, que já afastou um servidor envolvido no equívoco. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, os corpos estavam identificados corretamente nas planilhas do instituto.

Ambos os homens morreram no dia 28. Iak foi atropelado na região central da cidada. Barros teve uma parada cardíaca na rua, na zona norte, quando procurava um hospital justamente para tratar da dor que sentia no peito. Ambos os corpos foram levados para o IML central na noite do mesmo dia.

Reconhecimento

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Nas primeiras horas do dia 29, o irmão de Iak, José Ale Iak, assinou documento recohecendo o corpo de Barros como se fosse do seu parente. O criminalista Ademar Gomes, advogado que defende as famílias, afirma que o funcionário que acompanhou a identificação teve má-fe, induzindo o irmão ao erro: eles têm quase 20 anos de diferença e tipos físicos diferentes, mas o funcionário teria dito que era comum os corpos mudarem após a morte e que funcionários haviam barbeado e cortado o cabelo de Iak.

O corpo errado foi velado e enterrado no Cemitério Gethsemani, no Morumbi, zona sul, no dia 30. A confusão foi descoberta quando o filho de Barros foi fazer o reconhecimento e não se convenceu de que o corpo que lhe apresentaram era de seu pai. A exumação foi autorizada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, coordenador do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo), do Tribunal de Justiça. O enterro correto dos corpos deve ser feito nos próximos dias.

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