Brasília – Cerca de 120 representantes de movimentos sociais e entidades ligadas às igrejas católica e cristã se reúnem desde ontem até domingo, na 4.ª Semana Social Brasileira, para debater questões como Alca, FMI, dívida externa, precarização do trabalho, exclusão social, papel do Estado, soberania nacional e sustentabilidade. O objetivo é fazer um diagnóstico da realidade social, identificar desafios e propor alternativas ao modelo atual.
O seminário é fruto de parceria entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), a Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese), além de movimentos sociais e sindicatos.
O coordenador do evento, Dom Demétrio Valentini, afirma que a principal meta é articular os vários movimentos e entidades. “Em meio a realidades tão difíceis, a desmobilização é a primeira tentação que aparece, então esperamos desencadear a integração dessas iniciativas”, explica Valentini, presidente da Cáritas Brasileira, ligada à Igreja Católica. Já o vice-presidente da CNBB, Dom Antônio Celso de Queiroz, disse que a idéia é “semear o inconformismo”, numa reflexão sobre desafios sociais e econômicos. “Estamos ajudando as pessoas a não tomarem mais como normal que muita gente viva na miséria, que boa parte da população não tenha trabalho.”
