A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) entrou com pedido de abertura de sindicância para apurar a conduta dos promotores do Ministério Público Estadual (MPE) que denunciaram o bispo Edir Macedo, líder e fundador da igreja, e mais nove pessoas acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em nota divulgada ontem, a igreja diz que “se baseia em sérias denúncias sobre a conduta de alguns promotores veiculadas pela imprensa ontem (domingo)”.
Anteontem, o programa Repórter Record denunciou uma suposta ligação entre um dos promotores que assinaram a denúncia contra Macedo e a Globo: ele teria privilegiado a rede de TV fornecendo a ela um vídeo sigiloso no passado. A acusação feita pela Record foi alvo de uma nota do procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira. Nela, Grella disse que a denúncia contra o promotor foi apurada em procedimento da Procuradoria-Geral, em 2004. “Como nenhuma ilegalidade foi constatada, foi proposto o arquivamento do procedimento, o que foi homologado pelo Tribunal de Justiça (TJ).”
Grella diz que continuará depositando “irrestrita confiança no trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e de todos os seus integrantes”. E conclui: “o MPE continuará exercendo seu papel constitucional, sempre respeitando o devido processo legal, e em hipótese alguma se deixará intimidar em razão de distorções dos fatos e insinuações perpetradas por quem quer que seja.”