A pacata cidade de Novo Santo Antônio, a quase 1.200 quilômetros de Cuiabá, está chamando a atenção do resto do país para um problema considerado grave: o uso sem orientação médica de remédios contra a impotência sexual. O assunto ganhou espaço na mídia a partir do protesto de 15 idosos que recebiam o Cialis, um concorrente do Viagra, na cesta de medicamentos entregue pela Prefeitura.

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A doação está suspensa desde março.

Falta acompanhamento médico para que ?esses senhores? possam tomar estimulante sexual, observou um funcionário municipal.

O mesmo cuidado não existe no resto do estado, onde os chamados ?sacoleiros? despejam esse tipo de medicamento no comércio.

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A polícia realiza apreensões sistemáticas de comprimidos do gênero falsificados.

A maior delas aconteceu em abril, na BR-163, próximo de Cuiabá, quando a Polícia Rodoviária Federal descobriu com um único ?sacoleiro? 5 mil comprimidos de Pramil, usado para o tratamento de disfunção erétil.

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Esse é um problema antigo. Em 2003, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a propaganda dos remédios.

A venda sem receita médica é uma constante, não importando os preços, que variam de R$ 125 a R$ 170 a caixa, com quatro unidades. O Cialis, dos mais procurados, prevê efeito de até 36 horas, mas também é dos mais falsificados.